Admito que nem todos os companheiros de profissão pensem como eu. Isso tem que ver com a qualidade da formação que absorvemos enquanto jornalistas e com um percurso de vida que se pode considerar atribulado. Em jeito de confissão, também digo, com algum orgulho, que não está ao alcance de qualquer um, ir deixando amigos por onde se passa, sem dobrar a espinha.
Confesso que, não sei se foi boa ideia, voltar a trabalhar no Concelho onde resido. A ideia era “partir a loiça”, como tantas vezes dizíamos na RNA. Não me arrependo, mas aprendi que, às vezes, a loiça somos nós e acabamos em “cacos”.
Confesso que, abracei o projecto da Odivelas TV, com todo o empenho, não me arrependo e por mim, estou para ficar. Inicialmente no desporto, agora também noutras áreas, onde tenho o grande prazer de ensinar, formar, ajudar, quem aparece de novo e tem uma carreira pela frente. Morreria feliz, se depois disso, me recordassem com a gratidão com que eu recordo os meus formadores.
Confesso que, não gostei das observações que um colega de profissão e a coberto do anonimato de uma tal Ricardina, que nada mais é do que ele próprio, fez sobre a prestação de uma colega de trabalho, no seu primeiro trabalho do seu primeiro dia, cuja responsabilidade de formação é minha.
Admito confessar, saber que a inveja é coisa feia e não está ao alcance de qualquer um ultrapassar esse sentimento negativo. Na Odivelas TV não há vedetas e vamos responder com trabalho, cada vez melhor, mais incisivo, como se dizia na RNA, “vamos partir a loiça toda”, mas sem objectivos políticos. Não somos contra nem a favor de ninguém. Somos jornalistas e é jornalismo que queremos fazer. Sério, isento, e particularmente para ti, companheiro de trabalho, confesso, que não sei se sabes o que isso é.
Confesso que, gostava que me contasses como foi o teu primeiro dia de trabalho. Se quando me iniciei nestes lides, algum jornal me tivesse feito a ”gentileza” com que brindaste a tua colega, eu tinha prosseguido a carreira? Com toda a certeza eu não estaria aqui e agora.
Confesso que, fiquei por cá para te dizer que deves ter vergonha e retratar-te. Estas atitudes não dignificam a classe e fazem da Comunicação Social em Odivelas uma selva onde ninguém gostará de viver. Só com trabalho, urbanidade, respeito pelo próximo e isenção estaremos em condições de algum dia nos fazerem justiça e nos proporcionarem adequadas condições de trabalho. Já agora, também te confesso, que não aprecio, porque nunca me ensinaram escrever ou comunicar de qualquer outra forma, sobre anonimato de uma qualquer Ricardina. Deixa-te disso, usa-se cada vez mais, mas é o caminho mais fácil. Esquece estamos cá para o difícil: assinar o que escrevemos e dizemos.
Confesso que, assino o que digo e escrevo.
(retirado de um texto de Luís Filipe Silva)
Sem comentários:
Enviar um comentário