domingo, 31 de agosto de 2008

e verso... (da moeda)


O regresso de férias e o retorno ao País, trouxe-nos (também) surpresas desagradáveis!!!!
Este País mais parece o Far-Weste! Ele é assaltos a Bancos, Estações dos Correios, Bombas de gasolina, tiroteios, assassinatos, etc, etc, etc.
Agora percebo porque é que o Sr. Presidente da República, mandou encerrar o espaço aéreo da sua residência de férias! Ele deve saber, que isto de se fazer legislação em cima do joelho e ao sabor dos ventos, só podia acabar mal!...
Nós não nos importamos de pagar impostos!Só temos é pena, que eles sejam "consumidos" por gente incompetente! Depois dá nisto! Querem apostar connosco, em como vão alterar o "CÓDIGO PENAL" num "instantinho"; e vai saír de novo asneira? Porque será que neste País não se aprende com os erros? É que isto já não é incompetência, já é b......., com as devidas desculpas para o jumento!....

O RETORNO À REALIDADE! Os dois lados da mesma moeda: Frente...



Terminaram as férias! Estamos de regresso ao trabalho e à realidade do dia a dia.
Afinal ainda há motivos para acreditar que este País vai adquirir o rumo certo!
Há já muitos anos que decidimos ausentar-nos para o exterior, de modo a rapidamente libertarmos a tensão e o stress. A experiência adquirida com estas escapadas, habituou-nos a apanhar um táxi no aeroporto de Lisboa, rumo à nossa residência no Concelho de Odivelas. Habituamo-nos também, a pagar a módica quantia de 5 mil escudos (em moeda antiga) e os correspondentes 25 euros, até à última viagem realizada.
Para grande surpresa nossa, neste mês de Agosto, ao aterrarmos no Aeroporto Internacional de Lisboa, voltamos a tomar um táxi de regresso ao domicilio. Aconteceu algo inacreditável, (para este País). Então não é que na hora de pagar a bandeirada, nos foi apresentada a quantia de 17€ acrescida de 1.50€ de transporte de bagagem? Ou seja, pagamos a quantia de 18.50€!!!! A surpresa é muito grande, porque a história já dura há mais de vinte anos e por magia a "notinha dos cinco contos" era sempre "chulada" ao cliente!
No dia seguinte percebemos esta "rebaja"! Um taxista que mais não é do que um "energúmeno", havia cobrado forte e feio na bandeirada a uns turistas e foi apanhado com a boca na botija. Lemos no Jornal de Noticias, que foi presente a tribunal.
É preciso acreditar neste País, (ainda)!!!!!!!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

É tempo de férias!


Em tempo de férias, votos de um bom descanso para os nossos leitores e amigos.

Para reflectir seriamente...

Limpeza étnica
O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. "Perdi tudo!" "O que é que perdeu?" perguntou-lhe um repórter.

"Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem..." Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos auto desalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga "quatro ou cinco euros de renda mensal" pelas habitações camarárias. Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que "até a TV e a playstation das crianças" lhe tinham roubado. Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos". Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos." A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e auto denominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.
In: Mário Crespo (jornalista)