quarta-feira, 8 de julho de 2009

Um País de "pantanas" e às "avessas"...

Envergando coletes reflectores, com a inscrição "Don't fuck my job", (não "lixes" o meu trabalho) e com parte deles a gritar insultos graves dirigidos ao primeiro-ministro, na manifestação frente à Assembleia da República, os estivadores perderam hoje toda a razão, (se é que a tinham...) ao gritarem palavras de ordem que ofendem a dignidade humana e em particular a de um representante da nação, que todos devemos respeitar, especialmente porque se trata de um símbolo do País, gostemos ou não do seu estilo de liderança.

Com palavras de ordem como: Sócrates, escuta, és um filho da puta" e "O Sócrates não cumpriu, vai para a puta que o pariu" e "fascista", ofendem a dignidade de qualquer cidadão. Discordamos totalmente deste tipo de comportamento e linguagem, que em nada abona a democracia.

Porém, é também um duro "castigo" para a actual classe política, que com pézinhos de lã e com a conversa fiada do "politicamente correcto", está a pôr o "País de pantanas" e "sem rei nem roque". De um momento para o outro, todo o mundo se julga com direito de enxovalhar quem bem lhe aprouver, por causa do errado conceito de "só ter direitos e os deveres que vão às urtigas".

Por causa desta "patética conceptualização política", já sentimos na pele este (infeliz) tipo de comportamentos e por isso mesmo, sabemos do que estamos a falar. Parece que o desleixo foi de tal ordem, que o provérbio popular: "Quem com ferros mata, com ferros morre", cai que nem uma luva aos políticos que promoveram o momento que o País está a atravessar; e a procissão ainda vai no adro. Muita água correrá debaixo das pontes, até que a população perceba, que "tem todos os direitos, concerteza, mas tem ainda muito mais deveres".

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