quarta-feira, 24 de abril de 2013

A frase...


Estão a destruir a juventude, a levá-la ao desespero.
Estão a amargurar e a matar os Idosos.
Estão a tirar a esperança aos adultos.
Só têm lugar confortável os políticos e os seus compadres...

O inferno existe, vivemos nele.
In: Maria Máxima Vaz

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Será vírus?...

Parece que os graus académicos "não adquiridos", proliferam pelos políticos, como o vírus da gripe nas estações do ano (Outono e Inverno). Senão vejamos: Miguel Relvas pediu a demissão do seu cargo a 4 de Abril. Segundo o que foi noticiado na altura, a decisão terá sido uma antecipação ao facto de o ministro da Educação, Nuno Crato, ter pedido a anulação da sua licenciatura depois de uma investigação à universidade Lusófona, onde Relvas frequentou o curso.

Na segunda-feira, também foi notícia o facto de o líder do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, ter retirado do seu curriculum vitae o grau de mestrado na universidade irlandesa de College Cork, já que terá apenas frequentado aquele curso sem obter a conclusão do nível académico.

Desta vez, o grau académico é tema de rectificação no despacho n.º 4495/2013, publicado no "Diário da República" de 16 de Abril. Esta rectificação, "por ter saído com inexactidão", elimina a menção ao grau académico de "licenciatura",  atribuída ao assessor do grupo parlamentar do Partido Social Democrata, Luís Newton Parreira. O pedido para a correcção foi feita pelo próprio dois dias depois de Miguel Relvas se ter demitido, numa altura em que a sua licenciatura foi posta em causa pelo ministro da Educação.

E ainda temos para recordar, a famosa "trapalhada" da licenciatura Sócrates.

Assim sendo, é bem provável que a procissão ainda vá no adro! 

É caso para dizer: Estamos entregues à bicharada!!!...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O blogue "Por Causas" hoje está de parabéns!!!


Completando 5 (cinco) anos de escrita, o blogue "Por Causas" está hoje de parabéns!

Como o tempo voa!!!

Cinco anos a dar palpites e a opinar sobre informações de interesse público, causas locais e causas nacionais. Agradando a uns e desagradando a outros, o seu registo mais não é do que o modelo da nossa  vida, constituído por encontros e desencontros, de amigos e amigos da onça, de opiniões concordantes e discordantes, de amizades, zangas e amuos...

De tudo um pouco tem acontecido neste blogue, muito por culpa do meu opinar neste espaço. Com mais ou menos assiduidade, com mais opiniões a gosto ou contragosto, apraz-me dizer que neste período, este blogue superou as quatro mil visitas ano. Diga-se a verdade, para quem não tem aspirações a lambe-botas, (nem de longe, nem de perto) de políticos locais ou nacionais, até que nem é mau de todo, ou (até) será bom, só depende do prisma do qual se vê o copo, ou seja, se o referido está meio cheio ou meio vazio!

Posto isto, quero aproveitar o momento para agradecer a todos os leitores e amigos que ao longo destes anos, me foram acompanhando neste blogue em que registei as minhas opiniões e devaneios.

Não dando ultimamente grande prioridade à escrita, por razões que (agora) para aqui não são chamadas, comprometo-me no entanto, a fazer um esforço para não deixar por "escrita alheia", as minhas opiniões sobre as causas locais e nacionais porque vale a pena lutar.

O meu obrigado a todos! Continuaremos a ler-nos por aqui, espero!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A frase preocupante...

Dixit - Manuela Ferreira Leite à TVI 24:
"... eu não sei fazer renascer o país a partir das cinzas…"

Veja a entrevista de Ferreira Leite aqui a partir do minuto 2.30.


Quando existe falta de bom senso

Quando a falta de bom senso impera, o resultado termina desta forma:

"Finanças inundadas com pedidos de despesa dos ministérios".

Só podia! Digo eu! E a continuar a "birra", o país vai obviamente parar.

terça-feira, 9 de abril de 2013

À atenção de Fernando Ulrich (BPI)


 
"Sei que a raiva não é boa conselheira. Paciência. Aí vai.

Havia dantes no coração das cidades e das vilas umas colunas de pedra que tinham o nome de picotas ou pelourinhos. Aí eram expostos os sentenciados que a seguir eram punidos com vergastadas proporcionais à gravidade do seu crime. Essa exposição tinha também por fim o escárnio popular. Era aí que eu te punha, meu glutão.

 
Atadinho com umas cordas para que não fugisses. Não te dava vergastadas. Vá lá, uns caldos de vez em quando. Mas exibia-te para que fosses visto pelas pessoas que ficaram sem casa e a entregaram ao teu banco. Terias de suportar o seu olhar, sendo que o chicote dos olhos é bem mais possante que a vergasta.

Terias, pois, de suportar o olhar daqueles a quem prometeste o paraíso a prestações e a quem depois serviste o inferno a pronto pagamento. Daqueles que hoje vivem na rua.

Daqueles que, para não viverem na rua, vivem hoje aboletados em casa dos pais, dos avós, dos irmãos, assim a eito, atravancados nos móveis que deixaram vazias as casas que o teu banco, com a sofreguidão e a gulodice de todos os bancos, lhes papou sem um pingo de remorso.

 
Dizes com a maior lata que vivemos acima das nossas possibilidades. Mas não falas dos juros que cobraste. Não dizes, nessas ladainhas que andas sempre a vomitar, que quando não se pagava uma prestação, os juros do incumprimento inchavam de gordos, e era nesse inchaço que começava a desenhar-se a via-sacra do incumprimento definitivo.

Olha, meu estupor, sabes o que acontece às casas que as pessoas te entregam? Sabes, pois… São vendidas por tuta e meia, o que quer dizer que na maior parte dos casos, o pessoal apesar de te ter dado a casa fica também com a dívida. Não vale a pena falar-te do sofrimento, da vergonha, do vexame que integra a penhora de uma casa, porque tu não tens alma, banqueiro que és.

 
Tal como não vale a pena referir-te que os teus lucros vêm de crimes sucessivos. Furtos. Roubos. Gamanços. Comissões de manutenção. Juros moratórios. Juros compensatórios, arredondamentos, spreads, e mais juros de todas as cores. Cartões de crédito, de débito, telefonemas de financeiras a oferecerem empréstimos clausulados em letrinhas microscópicas, cobranças directas feitas por lumpen, vale tudo, meu tratante. Mesmo assim tiveste de ser resgatado para não ires ao fundo, tal foi a desbunda. E, é claro, quem pagou o resgate foram aqueles contra quem falas todo o santo dia.
 
Este país viveu décadas sucessivas a trabalhar para os bancos. Os portugueses levantavam-se de manhã e ainda de olhos fechados iam bulir, para pagar ao banco a prestação da casa. Vidas inteiras nisto. A grande aliança entre a banca e a construção civil tornavam inevitável, aí sim, verdadeiramente inevitável, a compra de uma casa para morar. Depois os juros aumentavam ou diminuíam conforme era decidido por criaturas que a gente não conhece. A seguir veio a farra. Os bancos eram só facilidades. Concediam empréstimos a toda a gente. Um carnaval completo, obsessivo, até davam prendas, pagavam viagens, ofereciam móveis. Sabiam bem o que faziam.

Na possante dramaturgia desta crise entram todos, a banca completa e enlouquecida, sendo que todos são um só. Depois veio a crise. A banca guinchou e ganiu de desamparo. Lançou-se mais uma vez nos braços do estado que a abraçou, mimou e a protegeu da queda.

 
Vens de uma família que se manteve gloriosamente ricalhaça à custa de alianças com outros da mesma laia. Viveram sempre patrocinados pelo estado, fosse ele ditadura ou democracia. Na ditadura tinham a pide a amparar-vos. Uma pide deferente auxiliava-vos no caminho. Depois veio a democracia. Passado o susto inicial, meu deus, que aflição, o povo na rua, a banca nacionalizada, viraram democratas convictos. E com razão. O estado, aquela coisa que tu dizes que não deve intervir na economia, têm-vos dado a mão todos os dias. Todos os dias, façam vocês o que fizerem.
 
Por isso falas que nem um bronco, com voz grossa, na ingente necessidade de cortes nos salários e pensões. Quanto é que tu ganhas, pá?
Peroras infindavelmente sobre a desejável liberalização dos despedimentos.
Discursas sem pejo sobre a crise de que a cambada a que pertences é a principal responsável.

Como tu, há muitos que falam. Aliás, já ninguém os ouve. Mas tu tinhas que sobressair. Depois do “ai aguenta, aguenta”, vens agora com aquela dos sem-abrigo. Se os sem-abrigo sobrevivem, o resto do povo sobreviverá igualmente.

 
Também houve sobreviventes em Auschwitz, meu nazi de merda!
É isso que tu queres? Transformar este país num gigantesco campo de concentração?

Depois, pões a hipótese de também tu poderes vir a ser um sem-abrigo. Dizes isto no dia em que anuncias 249 milhões de lucros para o teu banco. É o que se chama um verdadeiro achincalhamento.

 
Por tudo isto te punha no pelourinho. Só para seres visto pelos milhares que ficaram sem casa. Sem vergastadas. Só um caldo de vez em quando. Podes dizer-me que é uma crueldade. Pois é. Por uma vez terás razão. Nada porém que se compare à infinita crueldade da rapina, da usura que tu defendes e exercitas.
 
És hoje um dos czares da finança. Vives na maior, cercado pelos sebosos Rasputines governamentais. Lembra-te porém do que aconteceu a uns e ao outro."

Alice Brito